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2025
Este material didático foi produzido por Andressa Resende Souza, Bárbara Franco Oliveira, Laura Ximenes da Costa e Nikollas Alves Silva (graduandos em História da Universidade Federal de Uberlândia – UFU), sob orientação da Profa. Dra. Semíramis Corsi Silva (INHIS/UFU), na disciplina de Estágio Supervisionado II, no segundo semestre letivo de 2024.
Ainda há poucos trabalhos acadêmicos explorando as possibilidades da tradução em ambientes multissemióticos como as Histórias em Quadrinhos (HQs), embora estas sejam cada vez mais consumidas, o que inclui as traduzidas. Nas HQs, as imagens, como as palavras, têm significados diferentes em cada sociedade e, por esse motivo, precisam ser consideradas na tradução. Imagens, palavras e elementos quadrinísticos (EQ) – como o balão ou a onomatopeia – representam um grande desafio ao tradutor, especialmente quando as imagens e os EQs não podem ser modificados por questões de direitos autorais. Esta dissertação pesquisou a tradução nas HQs, tendo como objetivo entender como os elementos não verbais afetam as escolhas do tradutor. A metodologia utilizada foi qualitativa, documental, descritiva e interpretativa, ou seja, dependente da sensibilidade e interpretação do pesquisador. O corpus compreendeu quatro álbuns impressos de HQ do personagem francês Asterix, com suas versões na língua original e as respectivas traduções para o público brasileiro. A pesquisa mostrou-se profícua e proveitosa, pois exigiu, além da fundamentação teórica no campo dos estudos de Tradução, a busca por outras teorias nos campos das Artes, da Linguística Aplicada, da Semiótica entre outros. Especial destaque à Multimodalidade e à Paratradução, ferramentas teóricas que permitem repensar as imagens e a tradução. Como resultado, concluiu-se que as imagens e os EQ influenciam muito as escolhas do tradutor, pois seu trabalho e liberdade ficam restritos ao interior dos balões, ao título, às notas de rodapé e a outros raros locais dentro de um quadrinho. Mais do que restrita, a tradução tem de se encaixar em espaços originalmente não previstos para ela, e ainda deve estar em “harmonia” com o que as imagens e EQs “dizem” em cada vinheta e no contexto geral do álbum, tira, cartum ou qualquer um dos gêneros possíveis do supergênero HQ.
Revista História Hoje, 2023
Na atualidade se nota uma ampliação das reflexões sobre o uso de recursos tecnológicos e linguagens para o Ensino de História Antiga. Ademais, o contexto da Covid-19, assim como as novas demandas dos discentes impactaram diretamente a forma da ensino-aprendizagem ao redor do mundo. Assim, percebemos um aumento na utilização da linguagem quadrinística como forma de atrair os discentes, principalmente por ser inteligível entre jovens e adultos. Nosso objeto de análise, neste artigo, será a série Deuses do Olimpo, de George O'Connor, com foco na HQ intitulada Hades: o senhor dos mortos. Logo, problematizaremos o uso das histórias em quadrinhos como um instrumento de Ensino de História, caracterizando a sua linguagem e seu discurso, bem como demonstrando o seu potencial para o ensino básico. Palavras-chave: História em Quadrinhos; História Antiga; Hades.
O objetivo deste artigo é apresentar o desenvolvimento de uma proposta de material didático para a formação de tradutores voltada à tradução de histórias em quadrinhos (HQs). Para isso, apresentamos os principais desafios inerentes à tradução de HQs, que compõem a base do conteúdo abordado no material didático proposto. Os desafios impostos ao tradutor de HQs são levantados a partir da literatura (ZANETTIN 2008; CELOTTI 2008; ROSA 2010; LIBERATTI 2012, 2014; entre outros), a partir de entrevistas realizadas com cinco tradutores e dois editores de HQs e também a partir de diretrizes tradutórias apresentadas por uma editora. O material didático tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento da conscientização de tradutores em formação sobre a linguagem dos quadrinhos, suas especificidades e as principais implicações para a tradução deste hipergênero discursivo. Palavras-chave: Tradução de quadrinhos; formação de tradutores; tarefas de tradução; teoria funcionalista; desafios tradutórios.
2020
O artigo discute a formacao inicial e continuada de professores(as) de Historia a luz do Programa Institucional de Bolsa de Iniciacao a Docencia - PIBID, utilizando-nos de reflexoes e dialogos com o aporte teorico sobre a formacao do/a professor(a)-historiador(a). Assim, focamos em uma das acoes do subprojeto/Historia/UFAL (2015/2018), com destaque para a utilizacao de HQs e cartoons nas aulas de historia enquanto metodologia de ensino na Educacao Basica. Dialogaremos com a legislacao e bibliografia sobre o PIBID, referenciais teoricos acerca da formacao de professores e trechos de Relatorios de atividades desenvolvidas por estudantes de Iniciacao a Docencia e professores(as) supervisores(as) de area, chegando-se, assim, a conclusao das possibilidades que o Programa revela sobre a formacao inicial e continuada de professores(as) de Historia nao apenas no estado de Alagoas, mas no pais.
História & Ensino, 2012
e, cuja temática é a utilização de HQs no ensino de conceitos históricos para alunos do 6º ano. No ensino fundamental conceitos como "representação" e "fonte histórica", considerados como conceitos de segunda ordem (LEE, 2001), não são diretamente trabalhados com os alunos, apenas empregados para explicar conceitos substantivos (como "império", "revolução", "república"). Nossa proposta foi trabalhar alguns conceitos de segunda ordem diretamente, utilizando para isso as HQs de Abert Uderzo e René Goscinny "Asterix e Obelix" e partindo das pesquisas de LANGER (2006) e NOGUEIRA (2009) a respeito do uso de HQs no ensino de conceitos históricos. A discussão em torno deste tema feita pelos autores supracitados sugere que o uso de HQs mantém a atenção das crianças por mais tempo que outras mídias, sendo, a nosso ver, apropriado para o ensino de conceitos de segunda ordem e exemplificação sobre contextualização da produção deste material.
Associação de Professores de Português Língua Estrangeira do Rio de Janeiro (APLERJ), 2018
Este texto apresenta um recorte da pesquisa de mestrado O uso pedagógico das histórias em quadrinhos no ensino de português para estrangeiros, cujo objetivo foi investigar as formas de utilizar as histórias em quadrinhos (HQ) em aulas de português como língua não materna (PLNM). Tomou-se como corpora livros didáticos e a perspectiva de docentes da área, atuantes no estado do Rio de Janeiro, que responderam a um questionário sobre o trabalho pedagógico com diversos gêneros textuais, dentre eles as HQ. Devido à natureza compacta desta publicação, optou-se por focalizar nos resultados emergentes apenas da análise dos livros didáticos. Ao longo das atividades docentes no Núcleo de Pesquisa e Ensino de Português Língua Estrangeira / Segunda Língua (NUPPLES/UERJ) todos os materiais didáticos utilizados eram produzidos pelos bolsistas. Durante essa experiência atentou-se para a necessidade de aprofundar as pesquisas sobre o trabalho pedagógico com os quadrinhos nessa área. Especialmente porque percebeu-se que, nos livros didáticos consultados para a preparação das aulas, muitas vezes a multimodalidade desse texto não era totalmente explorada nos exercícios e nas atividades propostas. O projeto, coordenado pelo professor Dr. Alexandre do Amaral Ribeiro, preza o ensino linguístico e cultural voltado para a comunicação, através do uso de gêneros textuais,
Resumo: Este trabalho visa produzir materiais didáticos que contemplem uma abordagem da Historia Antiga, atendendo a necessidade de um maior numero de instrumentos de ensino relativos a essa área. Para tanto, os principais direcionadores dessa empresa foram os Temas Transversais lançados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais a fim de atender não só as diretrizes governamentais, mas utilizá-las de modo que os alunos possam obter uma forma clara, próxima e incisiva de educação.
A proposta do artigo é a de discutir o papel do livro didático para o ensino formal de Desenho na educação básica, revisando seu uso como instrumento central da relação entre educador, estudante e conteúdos disciplinares. A fim de articular as questões pedagógicas referentes aos aspectos positivos e negativos do livro didático e de seus usos, discutem-se no artigo a realidade dos livros de Desenho em uso atualmente e as possibilidades de emprego de outros materiais didáticos em lugar ou em par com este. Apresentam-se possibilidades para a atualização desse instrumento e os referenciais que podem ser usados para programar tais atualizações de maneira que forneçam aos educadores novas e diferentes abordagens para a aplicação dos conteúdos curriculares. Discutem-se as contribuições sócio-educacionais que podem resultar de tais mudanças, entre as quais figuram o exercício das competências gráficas e o estudo de assuntos referentes à cultura material desde a idade escolar.
Blucher Design Proceedings
A remediação é compreendida como o processo de renovação dos conteúdos antigos, efetuados pelos novos meios de comunicação. O emblemático personagem dos quadrinhos da DC Comics (Batman), desde a sua origem em 1939, é tido como um dos mais conhecidos e populares, fazendo parte do cotidiano de milhares de pessoas no mundo e adaptando-se a diversos meios midiáticos, dos analógicos aos digitais, ao longo das décadas. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi analisar e identificar como a remediação auxiliou na manutenção do status do personagem Batman durante a Era de Prata dos quadrinhos (1956)(1957)(1958)(1959)(1960)(1961)(1962)(1963)(1964)(1965)(1966)(1967)(1968)(1969). Para tanto, utiliza-se uma abordagem qualitativa comum em estudos exploratórios com referências bibliográficas relacionadas ao tema. Como resultado, sugere-se que a remediação se destaca como elemento de renovação do meio, bem como auxilia na popularização de uma cultura de personagens.
O cinema e as histórias em quadrinhos nasceram na mesma época, influenciadas pela expansão da indústria, notadamente nos Estados Unidos. São classificadas como arte seqüencial. As Histórias em Quadrinhos utilizam técnicas cinematográficas de narrativa e, da mesma forma, os filmes utilizam situações e linguagens semelhantes às utilizadas nas hq's. Como o cinema, os quadrinhos se tornaram uma arte popular (a nona arte) e
Aletria, 2021
Resumo: Sob um ponto de vista histórico, encontra-se uma quantidade expressiva de revistas ilustradas, jornais, álbuns e graphic novels que permite apontar a presença marcante da história em quadrinhos na América Latina. No entanto, ela continua sendo pouco pesquisada de uma perspectiva da história editorial. Nosso ensaio buscará desenvolver temas que nos permitam pensar a materialidade dos quadrinhos na América Latina a partir de um diálogo com campos como a história do livro e da leitura. Alguns quadrinhos publicados ao longo do século XX serão tomados como estudos de casos, para discutir aspectos específicos relacionados à edição-tipografia, relação entre imagens/textos, apropriações culturais e introdução dos quadrinhos em projetos literários-com vistas a uma interpretação das peculiaridades históricas presentes nos quadrinhos da região. Consideramos possível apontar que tais elementos são fundamentais para o estabelecimento de uma expressão latino-americana dos quadrinhos a partir de uma abordagem transnacional. From a historical perspective, there is an expressive quantity of illustrated magazines, newspapers, albums and graphic novels that make it possible to point out the presence of comics in Latin America. But it remains under-researched from a publishing history perspective. Our essay will seek to develop themes that allow us to think about the materiality of comics in the region, in a dialogue with fields such as the history of books and reading. Some case studies of comics published throughout the 20th century will be discussed based on publishing aspects – typography, the relationship between images/texts, cultural appropriations and the introduction of comic strips in literary projects – to seek out an interpretation of the historical peculiarities of comics in the region. In conclusion and from a transnational approach, we consider it possible to point out that such elements are central for the establishment of a Latin American expression of comics.
9ª Arte, 2019
Histórias em quadrinhos, Educação e Arquitetura: um diálogo possível 39 1. Arquiteta e urbanista com Doutorado em Educação. P r o f e s s o r a d o C e n t r o Universitário Unicatólica Q u i x a d á e d o C e n t r o Universitário Unichristus, com interesses em histórias em quadrinhos, arquitetura e ensino. E-mail claudiasales@ unicatolicaquixada.edu.br Resumo: Tem como objetivo inserir as histórias em quadrinhos como auxílio no processo criativo das disciplinas de História da Arte, Introdução à Arquitetura, Projeto Arquitetônico e Técnicas Retrospectivas. Compreende-se que os quadrinhos são uma ferramenta educacional muito eficaz, possuindo a capacidade de transmitir uma forma de ser, sentir, viver e se comportar no mundo, podendo ser utilizados de maneira interdisciplinar nos diversos conteúdos acadêmicos.
Labor e Engenho
O Universo é algo que sempre chamou a atenção da humanidade e talvez por isso a Astronomia é uma das ciências mais antigas da história. Contudo, o ensino e aprendizagem dessa disciplina esbarram em algumas dificuldades devido a uma certa insegurança por parte dos professores e pela falta de um material lúdico apropriado para trabalhar o conteúdo com crianças e adolescentes. Assim, este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa junto aos estudantes de escolas do Ensino Fundamental do município de Coxim [MS], por meio do uso de História em Quadrinhos (HQs) elaboradas em “tirinhas” como forma de verificar a sua potencialidade como ferramenta motivacional para o ensino e aprendizagem dos temas que envolvem o Universo e a Terra. Para tal, foram aplicadas avaliações, no início e no final de uma sequência de ensino, elaboradas para trabalhar o tema em questão. Evidenciamos que o uso de HQs como ferramenta motivacional apresentou resultados positivos para o ensino de Astronomia junto a...
Resumo: Atualmente, a hanseníase se constitui em um problema de saúde pública no Brasil. Medos e estigmas sobre esta doença prevalecem nas pessoas, fazendo com que o preconceito continue e o diagnóstico seja mais difícil. Este trabalho, através de uma história em quadrinhos inédita em hanseníase, objetiva divulgar conceitos acerca da doença para préadolescentes de 5ª e 6ª séries do ensino fundamental, tentando elucidar os aspectos obscuros para contribuir nas futuras campanhas de conscientização da população. Nós apresentamos aqui uma história em quadrinhos (HQ) como instrumento de educação e divulgação científica para hanseníase, e de complementação às aulas de educação formal em ciências. A fim de saber o grau de conhecimento dos alunos a cerca da doença, foram primeiramente aplicados questionários, com perguntas estruturadas, com alunos de duas escolas do Rio de Janeiro. Após a apresentação da história em si, foi feita uma entrevista semi-estruturada, para medir a efetividade da ferramenta no sentido de levar os alunos a conhecimentos desejados. As respostas dos alunos são descritas e discutidas, mostrando que uma história em quadrinhos pode ser bem utilizada como material educacional para questões de saúde. São finalmente descritas semelhanças e diferenças entre duas escolas do Rio de Janeiro, com contextos sociais diversos no que diz respeito à prevalência da doença, indicando que, em ambos os contextos sociais, é premente a educação sobre este problema de saúde.
2020
As histórias em quadrinhos (HQs) são frequentemente associadas ao universo juvenil. Por isso, as coleções para o ensino de francês como língua estrangeira (FLE) de abordagem comunicativa passaram a fazer uso do gênero como estratégia para atrair este público. Partimos dos conceitos de gênero do discurso e de enunciado e da noção de dialogismo (Bakhtin, 1992, 1998; Bakhtin & Voloshinov, 2009) para situar os problemas decorrentes de um uso instrumentalizado das HQs, além de Puren (1988), Cuq e Gruca (2005), que analisam livros didáticos de abordagem comunicativa, entre outros autores. A seleção das coleções analisadas levou em conta sua inserção nas escolas em que a língua francesa é ensinada no Município de Curitiba e em sua Região Metropolitana, além do REPERTOIRE (2015) divulgado pelo Centro Internacional de Estudos Pedagógicos da França. Foi realizada uma análise qualitativa de acordo com cinco categorias: apropriação da linguagem dos quadrinhos; criação de quadrinhos com enredos ...
2013
Tomando os manuais didáticos da disciplina de História como objeto de estudo, esta comunicação pretende apresentar uma trajetória possível na investigação das relações entre a produção didática e a circulação de modelos identitários, entendendo o manual didático como meio de comunicação e o autor (ou a autoria) como mediador cultural. Estas considerações fazem parte das reflexões iniciais de pesquisa para doutoramento sob o título "Quem somos nós? Apropriações e representações sobre a identidade nacional em manuais didáticos (1971-2007)" que desenvolvemos junto ao Programa de Pós-graduação "História e Sociedade" da UNESP/Assis. 1. Um objeto em circulação Vinculado ao poder instituído desde suas origens, não por acaso o desabrochar da produção didática nacional-centrada, em primeiro plano, nas disciplinas de História e Geografia-, coincide com o momento da procura pelos fundamentos da nação brasileira, na segunda metade do século XIX. Dessa forma, a produção didática compartilha com a historiografia deste período, a "invenção"-seleção de acontecimentos, ordenação em períodos encadeados e coerentes (BITTENCOURT, p. 147)-do que entendemos, ainda hoje, por História do Brasil. Embora delegando a produção a empresários particulares, o Estado brasileiro exerceu uma constante vigilância sobre a produção didática. Desde os anos 1930, com a centralização da política educacional no Ministério da Educação e Saúde (MES), foram se multiplicando as siglas de órgãos envolvidos direta ou indiretamente com a produção de livros didáticos. Mais recentemente o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) tem chamado a atenção dos pesquisadores, não só por envolver cifras astronômicas, mas por revelar demandas e apropriações culturais entre os diversos sujeitos envolvidos: o Estado, as universidades públicas, editoras privadas, autores, professores da rede pública, estudantes e a sociedade em geral (imprensa, pais de alunos, políticos) que se envolve, ainda que esporadicamente, questionando critérios de avaliação, conforme valores mais ou menos arraigados possam estar colocados em xeque.
Literatura, imagem e mídias, 2021
A pesquisa sobre histórias em quadrinhos vem se aprofundando, ao longo das últimas décadas, a partir do desenvolvimento de metodologias próprias. A mídia tem um caráter fundamentalmente visual, mas só recentemente as teorias têm abordado tais aspectos para além de seus entornos. As primeiras pesquisas da área começaram a ser sistematizadas por grupos interessados em promover e legitimar a história em quadrinhos frente a outras linguagens (AMELINE, 2009). Mesmo com a chegada dos quadrinhos ao mainstream e sua consequente popularização, ainda pouco se estuda sobre sua forma em si. Em nossos trabalhos, no seio do grupo de pesquisa “Oficinas de escrita, histórias em quadrinhos e tradução: teoria da literatura e práticas literárias”, começamos a buscar pesquisas e pesquisadores que vêm contribuindo com o pensamento sobre a materialidade das histórias em quadrinhos, buscando ferramentas e discussões dateoria dos quadrinhos. Nesse sentido, o presente trabalho pretende abordar o conceito de grafiação desenvolvido por Philippe Marion em seu livro Traces en cases: Travail graphique, figuration narrative et participation du lecteur (1993). Tal conceito, desenvolvido nos anos 1990, auxilia a pensar o quadrinho pela forma. Nosso objetivo, neste texto, é o de discutir de que forma tal conceito colabora na análise e no consequente desenvolvimento dessa área de pesquisa. Assim, ao trazer tal discussão, gostaríamos de contribuir para a expansão do vocabulário crítico da área de quadrinhos.
2021
Pesquisa e(em) ensino de língua portuguesa [livro digital] /
Resumo: Este trabalho analisa, historicamente, a introdução dos quadrinhos em 8 livros didáticos de língua portuguesa (LDPs), sendo 2 avulsos (manuais de redação) e 6 integrantes de 4 coleções de LDPs do 2º grau, publicadas na década de 1970. As bases teóricas contemplam as referências brasileiras oficiais atuais e anteriores sobre ensino de Língua Portuguesa (PCN de Língua Portuguesa no EFII -Brasil, 1997; Orientações Curriculares para o Ensino Médio [OCEM] -Brasil, 2006; Guias Curriculares para o ensino de 1º grau, 1975) e estudos sobre a constituição da disciplina escolar Língua estudos sobre mídia (SETTON, 2010). Pretende-se mapear essa inserção, identificando a função das HQs nas obras didáticas. Os resultados apontam para as seguintes funções dos quadrinhos: a) corpus, objeto de estudo, exemplificando tanto a diversidade de usos linguísticos (pela sua relação intrínseca com a oralidade e com o registro coloquial de linguagem), quanto uma "nova linguagem", atrelada à dinâmica da cultura de massa, cujos impactos se fazem sentir na escola da época; b) objeto de leitura, cuja exploração centra-se mais nos aspectos semióticos que nos discursivos, tratando daquela "linguagem" recentemente incorporada à antologia escolar, buscando desvendar para o aluno as "chaves de leitura" dos códigos ali implicados; c) linguagem do projeto editorial dos LDPs, aproximando as obras didáticas das manifestações artísticas e midiáticas do seu tempo e dos jovens leitores a quem se destinavam. Palavras-chave: livro didático de português; quadrinhos; ensino de português; história da disciplina Língua Portuguesa; teoria da comunicação.
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