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2025, Anais Leirienses vol. 18
"Viewers" of the works at the Batalha Monastery between the 14th and 15th centuries Vedores das obras do Mosteiro da Batalha entre os séculos XIV e XV
Cadernos de estudos leirienses, 2014
Os vitrais da capela-mor do Mosteiro da Batalha constituem um de dois conjuntos únicos do século XVI conservados em Portugal. Neste artigo, publicado em duas partes, abordam-se assuntos relacionados com a composição, o estilo, a iconografia, a técnica e a autoria do conjunto em questão, no quadro da história da pintura antiga.
A intenção primária deste artigo prende-se com a divulgação de alguns desenhos ou linhas de traçaria, concretamente cinco, localizados no Mosteiro da Batalha, mais particularmente nas Capelas Imperfeitas. Subsidiariamente é desenvolvido um enquadramento geral finalizado numa análise particular aos cinco desenhos. Com este contributo aumenta-se o número divulgado de riscos de traçarias, em edifícios históricos de Portugal, permitindo que outros explorem, em maior amplitude, esta temática ainda com reduzidos estudos publicados no nosso país.
Cadernos de estudos leirienses, 2014
Contrariamente ao que se verifica na casa capitular, os vitrais da capelamor revelam estilos díspares. Apesar de existir uma certa coerência compositiva no conjunto, a maneira de pintar não é sempre a mesma. Por sua vez, ambos os conjuntos se distinguem do trabalho atribuído a mestre João, a cujo ofício na Batalha vários documentos fazem referência, até 1529.
O objectivo deste guião não é o de facultar toda a informação acerca deste Monumento que é Património Mundial, é, isso sim, o de dar a informação necessária às pessoas, de modo a que, quando visitarem o Mosteiro, se sintam integradas no seu espaço e, desta forma, possam viver a própria visita.
2016
O trabalho que agora apresentamos procura analisar, de forma sistematica, um conjunto de grafitis, entre os varios que se encontram dispersos pelas paredes do Mosteiro de Santa Maria da Vitoria. O grupo escolhido diz apenas respeito aos que representam embarcacoes e foi essencialmente motivado pela inexistencia de estudos que abordassem esta interessante realidade. Tendo em atencao que as embarcacoes representadas sao caracteristicas de varios periodos cronologicos, e possivel concluir que se trata de um “ritual” praticado ao longo de varios seculos. Para alem da inegavel importância destes pequenos testemunhos para a historia maritima, o seu significado espiritual, visto considerar-se estes desenhos como signos de gratidao ou confianca (ex-votos), permite-nos uma aproximacao mais intensa com as comunidades que os executaram
Azulejar 2012. International Congress. Pen Drive. Aveiro: Azulejar, 2012
RESUMO A instituição da Congregação dos Monges Negros de São Bento dos Reinos de Portugal, em 1566, inaugurou um novo sistema administrativo que possibilitou o equilíbrio económico da Ordem e o início da transformação arquitectónica e artística dos mosteiros portugueses. O estudo das casas monásticas sitas a Norte do rio Vouga revelou a azulejaria como elemento essencial na renovação artística em curso. Recorrendo a diferentes tipologias de azulejo, os monges beneditinos revestiram diversas superfícies murárias e procuraram criar uma simbiose harmoniosa entre a azulejaria e o espaço que lhe estava destinado. O azulejo de padrão constitui uma tipologia recorrente nos mosteiros analisados, embora sejam consideráveis os conjuntos de azulejo figurativo, presentes sobretudo nas casas monásticas de maiores rendimentos. Outros cenóbios, devido aos baixos recursos financeiros, recorreram ao azulejo para revestir essencialmente espaços utilitários e de passagem. Os mosteiros de São Martinho de Tibães e São Bento da Vitória destacam-se no panorama traçado constituindo dois pólos que orientaram as linhas gerais da renovação artística beneditina, funcionando simultaneamente como modelos recíprocos entre si. A dinâmica reformadora dos mosteiros contou com uma produção azulejar que proveio essencialmente de Lisboa, sendo desconhecidas oficina e autoria. A abordagem formulada vem enriquecer o estudo de um objecto artístico muito apreciado no contexto monástico beneditino e abrir portas para a compreensão do papel da azulejaria na renovação artística dos séculos XVII e XVIII. PALAVRAS-CHAVE: Congregação de São Bento, Renovação Artística, Azulejaria 1. INTRODUÇÃO Fundada no século VI por São Bento, a Ordem Beneditina estabeleceu-se em Portugal por volta do século XI, beneficiando desde os primeiros tempos de protecção régia. A um largo período de crescente influência e poder económico, seguiu-se a decadência espiritual e temporal, acentuada a partir de finais da Idade Média, sobretudo devido à acção dos abades comendatários. A mudança de rumo operou-se a partir de 1566, com a instituição da Congregação dos Monges Negros de São Bento dos Reinos de Portugal, da qual o mosteiro de Tibães seria a casa-mãe. A partir de então, desencadeou-se um processo de renovação artística nos diferentes mosteiros entre os séculos XVII e XVIII, possível graças ao novo sistema de administração que permitiu a canalização de capital para a estabilidade da economia da Congregação e o início e progressão de grandes obras nos mosteiros medievais, assim como a edificação de novas casas monásticas (DIAS [40]). Além das intervenções a nível arquitectónico, verificaram-se igualmente importantes alterações artísticas, nomeadamente na azulejaria. A consulta dos Estados, Livros de Obras e Livro do Depósito permitiu proceder ao levantamento do revestimento azulejar existente nos mosteiros beneditinos situados a Norte do rio Vouga. Estas fontes, riquíssimas do ponto de vista da História da Arte, muitas vezes apresentam falhas informativas, quer devido às descrições incompletas dos monges estadistas, quer pelo estado de conservação de alguns documentos, ou simplesmente devido à sua perda irremediável na incúria dos tempos. Apesar dos entraves que as omissões e lacunas documentais colocaram ao longo do estudo, foi possível proceder à localização espacial e temporal dos revestimentos azulejares, à sua identificação tipológica, assim como à tentativa de identificação dos agentes de produção (artistas e
2023
Na feitura destes grafitos verificam-se duas cores: uma a vermelho ocre, e outra a cinza escuro ou negro. Esta diferenciação de cor tem por detrás alguma distinção que as separe, ou foi um mero acaso da utilização diversa do instrumento de risco que ditou esta disparidade de cor? Pretendendo agora, neste artigo, aprofundar a distinção cronológica entre estas duas cores.
2019
Na linha do crescente interesse, na historiografia internacional, pela reivindicação da importância da cor na experiência estética dos espaços arquitectónicos medievais, o projecto Monumental Polychromy: revealing medieval colours at Batalha, financiado pelo Instituto de História da Arte (FCSH-UNL) e pela Fundação Calouste Gulbenkian, nasceu do desejo de abrir um campo de estudo focado na aplicação da policromia na arquitectura e na tumulária medievais portuguesas, tomando como caso de estudo a Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, onde os vestígios são significativos e, até ao momento, inexplorados. Para tal, articulámos a investigação histórico-artística ao estudo material, com o objectivo de alcançar uma reconstituição que permita formular hipóteses acerca dos valores estéticos, simbólicos e sociais que possam ter estado associados à utilização da cor naquele contexto específico. Esta metodologia de trabalho interdisciplinar tem permitido revelar ...
O Mosteiro e, por consequência, a vila da Batalha - que com ele surgiu e ganhou forma - foram objeto de drástica reconfiguração a partir do momento em que, após extinção da comunidade conventual, o edifício passou a ser encarado exclusivamente como monumento à glória dos portugueses. A esta drástica transformação do edificado e da paisagem, estruturada ao longo de pouco mais de 120 anos, opõe-se uma história ancestral de 450 anos. A presente comunicação pretende identificar as motivações das transformações ocasionadas na paisagem e apresentar as soluções de reconciliação memorial que têm sido encontradas e implementadas localmente, tanto pelo Estado como pela autarquia.
Catálogo da exposição realizada no Mosteiro da Batalha, entre 18 de Abril e 4 de Outubro de 2015. Cobre aspectos relacionados com a vida claustral no Mosteiro da Batalha, entre 1388 e 1834, e com a sua materialização na ocupação do território, no edificado e nos lugares de oração específicos, bem como nas obras de arte ou outros testemunhos materiais que lhes estavam associados.
O Mosteiro da Batalha consagrou-se, na historiografia da arquitectura, como obra maior do gótico e, em particular, do gótico internacional e da sua nacionalização manuelina. Porém, a aquisição do estatuto de monumento e a perda do de convento, a partir da extinção das ordens religiosas, em 1834, levou ao paulatino e deliberado apagamento de uma mais longa e não menos rica história. Durante as campanhas de restauro iniciadas em 1841, foram demolidos dois claustros, a pretexto da ruína causada pela Terceira Invasão Francesa, do desvirtuamento da obra gótica ou, simplesmente, da alegada ignorância dos frades. Para o seu lugar, fabricou-se uma imagem de obra menor e até o mito – que chegou incólume aos nossos dias – de um claustro de madeira. O objectivo principal desta investigação é demonstrar que as edificações desaparecidas foram a materialização de um ambicioso projecto de reforma, em meados do séc. XVI, em tudo semelhante ao de outras grandes casas monásticas portuguesas, aliás pouco distantes da Batalha.
Anais leirienses: estudos & documentos, 2023
Para que uma intervenção no património se realize em condições eticamente aceitáveis, devem conjugar-se favoravelmente três fatores: qualificação científica, técnica e administrativa; capacidade financeira; vontade política. Quando tal não sucede, os projetos, que são indispensáveis ao financiamento e à decisão política, caem no esquecimento, sem que o cidadão possa ficar com uma ideia da formulação de soluções referentes ao património cultural, que também é seu, e sem que o conservador possa ter dado testemunho do cumprimento das suas obrigações cívicas. Volvidos anos sobre a realização do projeto, é frequentemente necessário tornar a empreender o longo caminho de experiência e conhecimento que ele representa, muitas vezes para “descobrir” o que há muito havia sido preconizado. Naturalmente, os projetos também se desajustam da realidade em mudança, mas a existência de massa crítica, mesmo que desatualizada, é sempre preferível à sua inexistência, quando se trata de projetar de novo. De facto, todo o conhecimento é pouco para evitar erros. Foi, sem dúvida, num contexto afim do destas considerações preliminares, que Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque escreveu a sua Memória inédita acerca do edifício monumental da Batalha, após a exoneração do cargo de diretor da obra de conservação e restauro do mosteiro da Batalha, em 1843. Nela registou o seu pensamento e fundamentou as suas propostas de intervenção que, por felicidade, viriam a ser seguidas pelos sucessores no cargo, sem que, porém, o ilustre engenheiro militar o pudesse verificar, pois a morte apresentou-se-lhe primeiro. Daqui decorre que é sempre benéfico publicitar o que pensámos como humilde contributo do bem-fazer comum. O que se segue é o texto adaptado de uma memória descritiva destinada ao projeto de execução intitulado “Conservação e documentação dos vitrais da sala do capítulo e da abside da capela-mor do mosteiro da Batalha”, por nós concluído, em janeiro de 2020.
Com este artigo pretendo dar a conhecer, de forma mais extensa, o vasto património disperso pelas paredes do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha, vulgarmente chamado de grafitos históricos. É examinada uma variedade de tipologias gravadas, incidindo nas que estão claramente associadas às traçarias, desenhos relacionados com a arquitectura. Esta análise permite uma nova reinterpretação dos espaços, usos e respectivas evoluções.
2008
Espectrometria de micro-fluorescência de raios-X (µ-EDXRF) …………….…………………. 12 Espectrometrias de Feixes de Iões ………...……………………………………………………. 12 Espectrometria de absorção óptica no UV-Vis ………………………………………………… 13 Microscopia Óptica (MO) ……………………………………………………………………… 14
Congresso internacional de património cultural e intervenção artística, Instituto Politécnico de Leiria, 26 de outubro de 2017
Os valores de igualdade que hoje defendemos não são, de um modo geral, corporizados pelo património histórico e artístico, especialmente no que diz respeito às oportunidades de acesso físico e de uso e fruição do espaço. Inacessíveis a uma grande parte da população têm sido também as narrativas dominantes que fazem parte de discursos expositivos. Nesta comunicação, propomo-nos apresentar algumas soluções acessíveis, concebidas e executadas para o Mosteiro da Batalha, no quadro de uma reprogramação geral, visando a requalificação da visita, em matéria de acessos, circulações e da afectação funcional dos espaços, por um lado, e numa estratégia de design e texto acessíveis em exposições temporárias, por outro lado. As soluções referidas serão apresentadas como compromisso entre as necessidades dos visitantes e os valores arquitectónicos e particularidades históricas inerentes à obra, testemunhando que a partilha e vivência alargada dos valores-base do património é um objectivo atingível.
Tramas do Patrimônio Cultural: Identidade, Memória e Localidade, 2018
Ordenado pelo Rei D. João I de Portugal, fundador da Dinastia de Avis, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido como Mosteiro da Batalha, teve sua construção iniciada no final do século XIV. Posteriormente, foi palco de diversas apropriações por projetos políticos e de poder. Ainda no reinado do monarca recebeu o seu status de Panteão Régio da Dinastia de Avis. Nas primeiras décadas do século XX, a evocação de memórias gloriosas do passado o tornou uma espécie de "Templo da Pátria", enquanto monumento nacional. Nossa proposta neste artigo é analisar a construção do mosteiro da sua fundação e definição enquanto lugar de memória da realeza de Avis, ao processo de monumentalização, até se tornar um patrimônio histórico da humanidade pela Unesco em 1983, e como esse complexo monacal foi espaço de evocações memoriais e de usos do passado ao longo dos tempos. Palavras-chave: Mosteiro da Batalha; Lugar de Memória; Patrimônio Histórico.
2013
Resumo : O objetivo deste texto e analisar os ritos funebres como representacao de poder. Para tanto elegemos as narrativas sobre as exequias reais ocorridas no Mosteiro de Santa Maria da Vitoria (Batalha) no seculo XV. As cronicas nos dao noticia da importância dos cerimoniais funebres que aconteciam no Mosteiro. O “saimento” dos reis demonstrava tambem o aparato religioso de grande monta que era vivido no interior do estaleiro batalhino ate D. Joao II. O Panteao Regio da Batalha tem uma grande importância simbolica e politica, especialmente relacionada a Dinastia de Avis (1385< 1581).
2017
O Mosteiro de Santa Maria da Vitoria, conhecido como Mosteiro da Batalha, e um dos mais belos exemplos de arquitetura em Portugal e na Europa, fazendo parte da lista do Patrimonio Mundial da UNESCO. A sua construcao desenvolveu-se durante 150 anos, ao longo de diversas fases e composto por varios estilos: gotico, manuelino e renascentista. Foram feitas algumas alteracoes ao projeto inicial, resultando num grandioso e complexo Monastico que hoje inclui uma igreja, dois claustros com divisoes anexas e dois panteoes reais, a capela do fundador e as capelas imperfeitas. O patrimonio construido reune patologias e defeitos derivados da deterioracao dos materiais, cargas repetidas, falta de manutencao e eventos excecionais. Dentro deste processo, as tecnicas de inspecao e diagnostico desempenham um papel importante, fornecendo informacoes e permitindo a definicao de medidas de reparacao adequadas. Para iniciar este levantamento e caracterizacao das patologias foi realizado um estudo piloto...
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